quinta-feira, 23 de julho de 2009

O visual Kei'



Visual' Kei

Visual kei (ヴィジュアル系, visual kei/bijuaru kei?, "linhagem visual" ou "estilo visual"), ou visual rock, é um movimento musical que surgiu no Japão na década de 1980[1].

Consiste na mistura de diversas vertentes musicais como rock, metal e, muitas vezes, uso de instrumentos relacionados à música clássica, tais como violino, violoncelo e piano. Uma das peculiaridades desse movimento é a ênfase na aparência de seus artistas, muitas vezes extravagante, outras vezes mais leve, mas quase sempre misturada com a androginia, e shows chamativos. No visual kei a música anda sempre ao lado da imagem e vice-versa.

Algumas bandas consideradas pioneiras do visual kei são X JAPAN, D’ERLANGER, DEAD END, BUCK-TICK, Kamaitachi e COLOR. O movimento teve seu auge em meados da década de 1990, quando bandas como BUCK-TICK, X JAPAN, LUNA SEA, Kuroyume, MALICE MIZER, SHAZNA e outras conquistaram o público e o mercado japonês. Mais tarde, durante os anos 2000, bandas como Moi dix Mois, D'espairsRay, BLOOD, Kagerou, Kagrra,, Onmyo-Za, Nightmare e the GazettE iniciaram campanhas oficiais na Europa e em alguns países das Américas, lugares onde hoje em dia também já existe uma base sólida de fãs do movimento.

O visual kei sempre foi um movimento dinâmico e com o tempo foi ganhando variadas vertentes.

A música visual kei
Apesar de ser um termo a princípio referente à imagem das bandas, “visual kei” pode referir-se também à música das mesmas[2], uma vez que várias delas produzem ou produziram músicas de sonoridades que não se encaixam em outros rótulos existentes.

Algumas das sonoridades clássicas do visual kei teriam se caracterizado entre as décadas de 1980 e 1990, consolidando-se na última. Tais sonoridades teriam sofrido influências de estilos musicais como hard rock, punk rock, pós-punk, ska, etc e incluem características, entre outras, como:

Guitarra executando notas limpas (ou com um efeito de overdrive muito leve) com freqüência
Exemplos de bandas:

Kuroyume neo nude Mayoeri Yuritachi ~ Romance of Scarlet 1994
La'Mule Curse Curse 1999
Die In Cries MELODIES VISAGE 1992
Kagerou Nawa Hakkyou Sakadachi Onanist 2001

Guitarra executando riff com notas mortas com freqüência; Exemplos:

Laputa Chemical Reaction Jako 1998
PIERROT Enemy PRIVATE ENEMY 2000
Aliene Ma'riage Tsumi to Batsu Le Soireé 1999
BUCK-TICK SEXUALxxxxx! SEXUALxxxxx! 1987

Linhas de baixo proeminentes, freqüentemente trabalhando com grooves e fraseados que conduzem a base da harmonia enquanto as guitarras preenchem a mesma e incrementam o ritmo da canção; Exemplos:

LUNA SEA Déjàvu IMAGE 1992
D'ERLANGER DARLIN' BASILISK 1990
Kagrra, Nue no Naku Koro Nue 2000
Janne Da Arc Sakura D.N.A 2000

Alguns trabalhos que primam pela polifonia entre duas ou mais guitarras e um baixo, de modo que cada instrumentista evite apenas repetir a mesma linha de outro, buscando consideráveis variações rítmicas e/ou harmônicas; Exemplos:

LUNA SEA ROSIER MOTHER 1994
Dir en grey Yurameki GAUZE 1999
MALICE MIZER Tsuioku no Kakera Voyage ~sans retour~ 1996
La'cryma Christi Blueberry Rain Sculpture of Time 1997

Em termos de ritmos de bateria, o visual kei utiliza diversos, de acordo com a necessidade de cada música, buscando referências em suas variadas influências. Exemplos de alguns ritmos mais comumente usados podem ser encontrados nas músicas supracitadas.
Outra característica notável são os tipos de melodias utilizadas. De fato, a música japonesa em geral parece trabalhar com melodias que normalmente diferem consideravelmente de padrões melódicos ocidentais. No j-rock (e, conseqüentemente, também no visual kei), essas melodias são marcadas por características como variação e alcance de notas consideravelmente distantes (por vezes, com mudanças súbitas) e emoções mais intensas ou que percorram caminhos notavelmente diferentes (mais melancólicos, por exemplo) do que os de melodias ocidentais; Exemplos:

GLAY Glorious BEAT out! 1996
L'Arc~en~Ciel Blurry Eyes Tierra 1994
Kuroyume autism -Jiheishou- Mayoeri Yuritachi ~ Romance of Scarlet 1994
D'ERLANGER LA VIE EN ROSE LA VIE EN ROSE 1989

Obs.: Apesar de alguns dos exemplos supracitados serem músicas lançadas durante a década de 2000, ao ouvi-las, percebe-se claramente que as mesmas possuem elementos estabelecidos no meio visual kei durante as décadas de 1990 ou 1980.

Já existia uma boa variação de estilos entre as bandas visuais até a década de 2000. Após o início da mesma, tal variação cresceu ainda mais, buscando novas e ainda mais diversificadas fontes de inspiração. Entre diversos casos, pode-se citar o do grupo Kagrra, que combinou o rock do visual kei com música tradicional japonesa e deu origem ao que chama de “neo-japanesque”; o do Merry, que mistura em seus trabalhos elementos de jazz, punk e rock’n’roll tradicional; e o de Miyavi, que desenvolveu um estilo solo onde realiza diferentes funções ao mesmo tempo como cantar, tocar violão com técnicas pouco comuns na utilização do mesmo como slap e executar percussão em um gigpig e/ou no corpo do próprio violão. Adiante, Miyavi combinou este estilo a uma abordagem mais pop e hip hop, contando com o apoio de uma banda que inclui DJ, MC/beatboxer e sapateador, gerando o que ele nomeou como “neo vizualism”.

Um caso que parece já ter servido de inspiração para diversas outras bandas é o do Dir en grey. Em 2002, o grupo começou a adicionar elementos do nu metal à sua música, característica que prevalece até hoje em seus trabalhos. Na mesma época, o MUCC começou a fazer uma mistura semelhante, porém com outra roupagem. No entanto, devido a semelhanças sonoras que abrangem, por exemplo, padrões de riffs e linhas vocais, é possível que tenha sido o Dir en grey o grupo inspirador de bandas como the GazettE, girugämesh, RENTRER EN SOI e Sadie (que inclui ex-roadies do Dir en grey).

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